Que a Dança é dos famosos, todos sabemos, mas que os méritos pelos shows na disputa do Domingão do Faustão devem ser creditados também aos professores, pouca gente se dá conta. Às vésperas da final, Átila Amaral, Priscila Maris e Tamara Fuchs - respectivamente, instrutores de Paola Oliveira, Jonatas Faro e Leandro Hassum - estão se dedicando ao máximo no preparo dos pupilos, afinando seus passos no tango e no samba de gafieira, ritmos da decisão. E, se a rotina de ensaios já era puxada antes, imagina na semana decisiva, então...
Átila, professor da musa, Paola, afirma que agora a rotina é um pouco diferente:
"Antes, ensaiávamos em média duas horas por dia, de terça a sábado, mas com a final chegamos até a ter seis horas diárias. O povo está se matando! "
As qualidades de cada um:Nessa altura do campeonato - literalmente - é o momento de não só aprender as coreografias dos gêneros escolhidos para a final, como também de garantir que os principais trunfos de cada dançarino estejam em evidência na apresentação. E são os próprios professores que destacam as qualidades de cada um deles.
Priscila diz que Jonatas "tem gingado, naturalidade nos movimentos, e que, quem o vê dançar, pensa que ele fez isso a vida inteira"; Já Tamara ressalta que "Leandro nunca deixa o show morrer e a capacidade de improvisação que ele tem é impressionante". Por último, Átila aponta que Paola "tem muita facilidade em dançar e uma confiança incrível no parceiro".
São perfis e pessoas completamente diferentes uma das outras, mas com uma qualidade em comum: a dedicação. Leandro Hassum, por exemplo, não consegue sossegar enquanto não corrige um passo errado. Igualmente teimosa, Paola Oliveira é do tipo que nunca desanima. Mesmo quando o ensaio é repleto de caneladas e outros "acidentes de percurso" - nenhum grave, mas que são suficientes para deixar marcas em seu corpo exibidas por ela, para quem a encontra. Jonatas Faro, finalmente, adotou uma metodologia diferente para aprender mais do que os ensaios possibilitam, "ele chega a ensaiar sozinho em casa! Eu ensino a técnica para ele, indico vídeos de dançarinos profissionais que encontro na internet e ele assiste a tudo, se inspirando nos movimentos", conta sua professora.
Aprendida a dança, é preciso controlar a ansiedadeEnsaiar não garante que o famoso tenha uma boa apresentação: é preciso se sentir seguro. Nesse momento entra em cena a versão psicólogo dos instrutores.
"Para os atores, é tranquilo estar na TV quando é para mostrar o que dominam, que é a interpretação, a atuação; mas quando eles estão competindo na Dança dos Famosos a coisa muda de figura, pois eles estão se expondo em algo que não é a especialidade deles. Por isso, é preciso que o instrutor saiba incentivar, passando calma e confiança", diz Tamara.
Todos estão anciosos e preparados para buscar a vitória e uma pergunta que não se cala é a se não há rivalidade entre os competidores. A resposta vem do trio de professores que concorda na afirmação de que a disputa é inteiramente cordial, mas que nem por isso fica em segundo plano.
"Graças a Deus o ambiente é muito saudável, todo mundo se diverte... Mas é óbvio que todos querem vencer!", resume Priscila.
== PENSATAPelo que foi dito, nenhum participante está em posição de vantagem em relação ao outro, como alguns setores querem forçar. A dedicação, a vontade e o potencial de vitória são os mesmos, o que permite a qualquer um deles ser campeão. Infelizmente se destacar de forma tão surpreendente como foi o caso de Paola, soa como algo mentiroso e previamente calculado, o que não é verdade. Paola não tem culpa de ter se destacado e não é por ter dançado balé "há não sei quantos anos atrás", que não possa ganhar a competição. É uma pena que no Brasil ainda exista esta mentalidade de coitadinhos e injustiçados, enquanto o verdadeiro talento se torna um crime ou um expediente usado de maneira escusa para se atingir algum objetivo.
Se Paola ganhar, teremos muitos motivos para comemorar. Caso contrário, que fiquemos tristes não apenas por ela, Paola, não ganhar um merecido título, mas por vivermos em um país cujos valores que deveriam regir qualquer sociedade saudável e justa está invertido. Se for a vontade do povo, que seja, mas não se esqueçam que a democracia não é sinônimo de justiça ou mesmo inteligência.
Estejamos preparados para VOTAR, para a VITÓRIA, mas também, para o pior!
Com título ou sem ele, PAOLA OLIVEIRA É NOSSA CAMPEÃ!