Fotógrafo relembra trabalho com Paola Oliveira

Em entrevista ao blog Foto Globo, do jornal O Globo, o fotógrafo Ernani d'Almeida relembrou dois ensaios realizados com a atriz Paola Oliveira e revelou algumas curiosidades.

No primeiro momento ao responder se existem pessoas difíceis de se fotografar, quais as dificuldades que ele encontra nessas ocasiões e como as resolve, leia o que ele disse:

Geralmente com os homens. A questão é estabelecer relação de confiança. Se ela confiar em você, faz o que você pede. Quando eu já fotografei uma pessoa é muito simples. Há pouco tempo, fui fotografar a Paola Oliveira pela primeira vez. Falei para ela que queria uma coisa meio Marilyn, sensual, mas apenas no corpo, não no rosto. Seria uma situação meio esquizofrênica, o corpo sensual e o rosto sem emoção. Não era uma foto "foda-me, please", foi a expressão que usei. Ela gostou da ideia, embarcou na onda, e quando fui fotografá-la novamente, já foi bem mais tranquilo, ela já me conhecia, confiava em mim, até perguntou se as fotos seriam naquele mesmo estilo. Mas era outro esquema, eram fotos de roupas para a Manequim, o negócio é mostrar mais a roupa do que a modelo.

É, Ernani, parece ontem, mas foi em 2006 que você fotografou Paola Oliveira para a edição de novembro da revista Contigo, quando ela protagonizava O Profeta. As fotos mantém aura de época que é quebrada pelas roupas e poses da atriz, como disse o fotógrafo.

O ensaio para a revista Manequim foi para a primeira capa da atriz na publicação, em dezembro de 2007, na qual Paola exibia looks de reveillon. Em outro trecho da entrevista ele retoma a musa para revelar se orientações como as que ele deu para a atriz são dadas por editores ou por ele próprio.

Isso [instrução] foi uma ideia minha. Eu já tinha visto a Paola numa outra sessão de fotos e a achei bem bonita e sensual. Quando vi as roupas que ela usaria, escolhidas pela produtora, vi que dava para brincar com essa coisa de ela ter duas atitudes, uma com o corpo e outra com o rosto. O resultado foi bem interessante, o corpo está mais desejável do que o rosto. O que acontece é que, às vezes, os editores sugerem um ou outro caminho, mas quem decide como resolver aquele pedido sou eu.