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Em sua 33ª edição, o Festival de Cinema Mundial de Montreal exibe, desde o dia 27 de agosto, 249 longas-metragens e 208 curtas de 78 países, um número recorde para o evento. Além de Entre Lençóis, o Brasil tem três filmes exibidos no festival. O encerramento será no dia 7 de setembro.Festival Filmes do Mundo: «Entre Lençóis»Filmes falados em português no Festival des Films du Monde, em Montréal, no Canadá
Por: Edmundo Cordeiro
«Entre Lençóis», o filme brasileiro projectado (e vão ambos passar mais duas vezes) logo a seguir a «As Maltratadas», começou por apresentar o mesmo ar tosco da curta portuguesa ¿ o que em parte se deverá à projecção vídeo, o que já não aconteceu com «A Religiosa Portuguesa», projectado em 35mm. Parecia que iríamos estar perante uma produção erótica de segunda. Mas depressa se tornou evidente o trabalho de construção do seu realizador (Gustavo Nieto-Roa), o trabalho de representação dos actores (Reynaldo Gianecchini e Paola Oliveira) e, sobretudo, o excelente trabalho de argumento (René Belmonte). Os 108 minutos do filme passam-se inteiramente num quarto, numa noite. É obra. Trata-se de um engate de ocasião, não se sabe bem de quem, se dela, se dele, aparentemente ambos se querem servir um do outro, mas a história evolui para a vida de cada um para além daquele acto. A relação, inicialmente de um erotismo utilitário e voyeurista, complica-se: não se sabe o que vai sair dali, o suspense adensa-se.
Há um jogo muito interessante que «Entre Lençóis» estabelece com o público. O público começa a rir-se do modo rápido das personagens e até certo ponto alarve da situação que é encenada ¿ parecendo que Gustavo Nieto-Roa não tem outro propósito senão «dar» Reynaldo Gianecchini ao desejo (maioritário) do público feminino e Paola Oliveira ao desejo (maioritário) do público masculino. Mas rapidamente o riso passa a ser um riso de reconhecimento das situações e dos problemas que são apresentados ¿ e aí, por exemplo, Paola Oliveira, com o seu trabalho, existe numa dimensão sociológica, digamos assim, em contraponto com a sua presença carnal, assinalável, talvez, pela diferença entre o seu rosto e as suas coxas. Fora de ironias. Um filme inteiro que se aguenta num quarto, um pouco como uma disputa amplificada entre Spencer Tracey e Katharine Hepburn, não está ao alcance de muitos ¿ e, neste aspecto, não se pense que o corpo de Paola Oliveira é o bastante. Pelo contrário: Gustavo Nieto-Roa tem de «vencer» o erotismo de Paola Oliveira para fazer um filme.
5 comentários:
A Paola e o Reinaldo fizeram um par belissimo e deveriam fazer outros trabalhos juntos!!!!
''[...]Gustavo Nieto-Roa tem de «vencer» o erotismo de Paola Oliveira para fazer um filme.''
Arrasou hein...
eu quero saber é disso: http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL1280787-9798,00-ATUAL+DE+PAOLA+OLIVEIRA+TERMINOU+COM+THAIS+FERSOZA+NO+AEROPORTO+APOS+LUA+DE.html
qual a posição do blog, da paola?
nenhuma? ela ficou mesmo com um homem casado?
Vêem? Cá em Portugal, Paolinha também faz sucesso!!!
Paola está dando um show como vilã nessa novela, acho que é seu melhor papel até agora,mostra que não é apenas bonita, mas sem dúvida, talentosa. À propósito, gostaria de ver o modelo usado por " Verônica" na recepção de seu casamento com Alcino.Já tentei em vários blogs específicos mas sem qualquer sucesso. De já agradeço.
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